domingo, 12 de outubro de 2014

Presidente Figueiredo/AM - Cachoeira do Boto e Aldeia Mari Mari

O que fazer em Presidente Figueiredo/AM na seca de seus rios?

A pergunta acima foi feita pelo fato de muitos amazonense acharem que a terra das cachoeira só é boa para ser visitada na cheia de seus rios, pois o volume de água em suas cachoeiras é maior e as deixa mais bonitas.

Isso é uma verdade, no entanto em algumas cachoeiras o volume de água aumenta tanto que chega a ficar perigoso, então depois de muitas pesquisas resolvemos visitar alguns locais bons para serem visitados na seca.

Manaus / Balbina 11/10/14

No dia 11/10/14 saímos de Manaus/AM as 8:00 hs pela BR 174, nossa primeira parada foi no km 12 para tomar um café da manhã regional, resolvemos tomar café na estrada pois não queríamos ir até a sede do município de Presidente Figueiredo que fica no km 107, pois no km 103 nós iríamos entra na estrada AM 240 que vai até Balbina e assim economizaríamos 8 km  de estrada e tempo. 



Após o café, seguimos viagem pela BR-174 até o km 103, logo a direita fica a estrada AM-240, seguimos até o km 80, essa estrada possui diversas cachoeira e corredeiras, mas nós estávamos atrás de uma em especial.

Chegando na entrada de Balbina que é uma hidrelétrica com uma vila de mesmo nome, você vai entrar no primeiro ramal a direita após a ponte do Rio Uatumã, aliais essa ponte é um bom lugar para tirar algumas fotos. 


Ramal da Morena

O ramal é uma estrada de terra batida que se encontra em boas condições, pode ser trafegável facilmente com carro de passeio, aqui seguimos mais 33 km até chegar ao Final do ramal da morena.


Agora vou dar a dica mais importante desse post.

Existe duas formas de conhecer essa cachoeira, a primeira é contratar um guia no Centro de Atendimento ao Turista – CAT que fica no município de Presidente Figueiredo e chegar até a cachoeira através de uma trilha e a outra é contratar um barqueiro no final do ramal.

Escolhemos a segunda opção, chegamos no final do ramal as 11:00 hs, ou seja chegamos muito tarde, o ideal é chegar pelo menos as 10:00 hs.

Para nossa sorte o dono da propriedade da cachoeira estava no local e nós levou de barco para conhecer a cachoeira. O proprietário é conhecido como Louro.

Cachoeira do Boto

As 11:10 hs já estávamos dentro da canoa no Rio Uatumã, após uns 10 minutos de viagem entramos no igarapé que fica a cachoeira.


Nessa época do ano, o rio esta muito seco e é muito comum encontrar arvores caídas na água dificultando a nossa passagem, em alguns momento eu tive que descer da canoa para ajudar a empurrá-la, uma verdadeira aventura.

A diversidade de animais nessa região é tão grande que facilmente vemos tucunarés, borboletas de varias cores e diversos pássaros.

Enquanto subíamos o rio, um pica-pau foi nós guiando até chegamos a cachoeira, parecia que ele estava nós vigiando.


Aproximadamente as 11:30 hs, chegamos a cachoeira, o local é lindo. Na verdade são duas cachoeiras, um menor e uma muito maior e com grande volume de água.



Primeiro tiramos bastante fotos na cachoeira grande e tomamos bastante banho.



Pelas fotos de longe, ela não parece ser tão grande, mas basta a gente tirar uma foto ao lado dela para ver a sua magnitude.


Depois fomos tirar fotos e tomar banho na cachoeira menor.


Essa menor é ótima para fazer uma massagem nas costas.


As 13:20 hs partimos de volta para o final do ramal, novamente o pica-pau foi guiando a gente pelo rio até o final, o guia disse que poderia ser o Curupira (uma lenda local) que estava mandando o pássaro nós vigiar.

Aproximadamente as 13:50 hs estávamos de volta ao final do ramal, comemos umas besteirinhas e dirigimos de volta os 33 km, na volta observamos o ramal para ver se tinha opções de restaurantes e balneários, o único local que vi foi um balneário no km 13, mas não tinha restaurante, então formos direto para Balbina.

Saímos do ramal as 14:20 e seguimos para o lago de Balbina. Para chegar ao lago, pegue a direita assim que sair do ramal e siga direto até chegar a uma bifurcação onde tem uma placa indicando o caminho, da saída do ramal até o lago são uns 4 km.


Na beira do lago fica o restaurante chamado Restaurante do Miranda, onde pagamos 10,00 por pessoa e pode se servi a vontade. A especialidade da casa é o file de tucunaré.


Almoçamos bem e descansamos um pouco as pernas, porque eu estava cansado após dirigir mais de 200 km. A vista do lago é linda, e é possível tomar banho no lago.


Aldeia Mari Mari

Depois do descanso seguimos para o nosso ultimo destino do dia, a Aldeia Mari Mari, onde iríamos acampar. O local fica localizado no km 13 da AM-240 onde você entra em um ramal de 4 km até chegar a aldeia (não tem índio, só é um nome), o percurso é bem sinalizando e o ramal não apresenta nenhuma dificuldade.


Chegamos na Aldeia as 16:00, pagamos 20 reais por pessoas, pois não tinha café da manhã, com café da manhã é 25,00 por pessoa.


Eu particularmente fiquei impressionado com o local, além de lindo possui uma boa estrutura para camping, com chuveiro, banheiro e cozinha.



Arrumamos nossas coisas e fomos curti o local tomando banho de água bem geladinha até anoitecer.




A noite fizemos algo para comer e ficamos conversando até tarde, como estávamos so nós três no camping e o proprietário estava na sua casa, resolvemos colocar as barracas dentro da área coberta onde arma as redes e ficar mais afastado do mato, foi a melhor idéia que tivemos pois, de madrugada caiu um temporal de chuva que durou até de manhã.

12/10/14

Como no dia anterior havíamos acordado muito cedo e no domingo estava chovendo muito resolvemos acordar mais tarde, até por que aquele barulho de chuva no mato não deixava a gente sair do colchão.

As 9:00 acordei e fui fazer o café da manhã, aproveitei para tirar mais algumas fotos do local, alguns de nos ainda conseguiram tomar um banho gelado no igarapé.





É incrível ver como o rio pode encher de um dia para o outro com uma boa chuva, o tronco da arvore caída que estava fora da água no dia anterior estava parcialmente submerso no dia seguinte.


Como a chuva estava voltando a engrossar resolvemos voltar para casa mais cedo economizar uma grana para voltar em um final de semana mais próximo, então as 11:30 hs arrumamos nossas coisas e voltamos para casa.

Abraços e até a próxima, se tiverem dicas nós passem. 
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Um comentário :

Ricardo Soares


Amazonense, 32 anos, apaixonado por esporte e aventuras, criou o blog em 2011 para divulgar as experiências de viagens de um casal pela região Amazônica.

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