domingo, 28 de dezembro de 2014

Belém do Pará 20 e 21/12/14

A viagem a Belém era algo que eu vinha adiando a pelo menos uns 3 anos por vários motivos. A verdade é que sempre achamos uma desculpa para adiar algo que nós tire de nossa rotina e quando percebemos já se passaram 3 anos desde a primeira vez que planejamos conhecer Belém/PA.

Isso não aconteceu só com Belém, ha vários outros lugares que queríamos conhecer, e que nos últimos anos adiávamos a visita. Em um domingo qualquer, assisti a um filme chamado “A vida secreta de Walter Mitty”, que conta a historia de um homem comum, que quando jovem queria conhecer o mundo, mas por vários motivos sempre adiou o seu sonho, porém um problema eu seu trabalho o obriga a sair da sua zona de conforto, e viver algumas aventuras.

Depois de assistir ao filme fiquei muito pensativo, então resolvi colocar em pratica o sonho de conhecer diversos destinos e riscar da minha lista alguns dos lugares que estavam na seção de “lugares a serem visitados” e que estamos adiando. 

19/12/14

Chegamos em Belém aproximadamente as 22:30 hs no aeroporto Julio Cesar Ribeiro, pegamos as bagagens e fomos fazer uma reserva em uma das locadoras de carro, deixamos a reserva feita para pegar o carro no dia 22/12/14, pois nos dois primeiros que ficaríamos em Belém faríamos tudo a pé. Após a reserva, pegamos uma táxi até o hotel Grão Pará que custou R$ 45,00.

A diária do hotel custou R$: 120,00 com café da manhã, ficamos no Grão Pará devido a localização privilegiada que fica próximo dos principais pontos turísticos de Belém.

20/12/14

Acordamos umas 8:30 hs tomamos café no hotel e saímos as 9:50 hs para o nosso primeiro destino, saímos esse horário pois a maioria dos pontos turístico de visitação funcionam a parti das 10:00 hs.

Complexo Feliz Luzitânia

Do hotel até o complexo turístico são aproximadamente uns 15 minutos de caminha. O completo abrange um conjunto de prédios (Forte do Presépio, Palacete das Onze Janelas, Museu de Arte Sacra e Catedral Metropolitana de Belém) em torno da Praça D. Frei Caetano. Cada prédio tem um museu ou exposição para conhecer um pouco mais sobre a historia de Belém.

·      Forte do Presépio

O primeiro que conhecemos foi o Forte do Presépio, eu particularmente gosto muito de conhecer essas fortalezas, pois me lembra muito quando eu era criança e viajava de carro para a Venezuela com meu pai e sempre conhecíamos essas fortalezas antigas. 


O Forte do Presépio, também conhecido como Forte do Castelo, é uma construção de 1616 que tinha como objetivo conter ataques indígenas, e é considerado um marco inicial na colonização da Amazônia por Portugal. 


Ao longo dos anos passou por várias transformações e atualmente abriga um museu que conta um pouco do início da colonização portuguesa na Amazônia e exibe peças de cerâmica marajoara e objetos indígenas. 


O forte é pequeno e simples, e possui uma pela paisagem da baia do Guajará, para conhecer pagamos uma taxa de R$ 2,00 por pessoa.



·      Casa das Onze Janelas

Em seguida visitamos a Casa das Onze Janelas (entrada franca), um prédio construído no século XVIII para ser a moradia de Domingos da Costa Barcelar, um rico senhor do engenho.


O edifício além dos espaços de exposição (no dia que fomos estava tendo uma exposição de fotografias), possui também o “Boteco das Onze” que é um dos restaurantes mais qualificados de Belém/PA.

Talvez a parte mais interessante desse local seja o Jardim de Esculturas que fica atrás do prédio, nesse local é possível descansar e curti o vendo a beira do rio.



Outra atração é o Navio Corveta que fica ancorado, logo atrás da Casa das Onze Janelas, um colega meu me disse que é possível visitar a parte interna do navio, mas quando estávamos o mesmo estava aparentemente fechado. 


·      Museu de Arte Sacra e Catedral Metropolitana de Belém

Infelizmente esses dois prédios estavam fechados para visitação, no Museu estavam montando uma estrutura para uma apresentação de Natal que teria a noite, e a igreja estava fechada para manutenção. A frustração ficou mais por parte do museu, pois eu queria muito conhecer.


Após visitamos tudo que podíamos no Complexo Feliz Luzitânia, ficamos pensando o que faríamos pois, ainda não eram nem 12:00 hs e tínhamos planejado  sair dali as 13:00 hs, sem ter o que fazer resolvemos dar continuidade no roteiro e fomos para o Mercado Ver-o-Peso, quando estávamos a caminho do mesmo, avistamos uma placa indicando, "Museu do Círio de Nazaré", quando vimos que estava aberto, não pensamos duas vezes e fomos conhecê-lo. 

Museu do Círio de Nazaré

Apesar de pequeno, o museu homenageia um dos eventos religiosos que todos os anos atrai milhões de fiéis às ruas de Belém.


Acreditasse que no Pará, o caboclo Plácido José de Souza encontrou em 1700, às margens do igarapé Murutucú, uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua casa, porém, no outro dia a imagem não estava mais lá. Plácido voltou ao local onde a encontrou na primeira vez, e lá estava a “Santinha”. O fato repetiu-se duas vezes, chegando ao conhecimento do Governador da época, este ordenou que a imagem fosse levada para a capela do Palácio do Governo onde passou a noite sob a guarda dos soldados, mas mesmo assim ainda sumiu e foi encontrada novamente eu seu lugar de origem, até que foi construída uma pequena capela no local onde ela foi achada. 


No museu encontramos ex-votos, pedaços da corda disputada durante a procissão e uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Nazaré.  


Para conhecer o museu pagamos R$ 2,00 por pessoa, e para quem tem interesse em conhecer um pouco mais sobre o Círio eu indico muito essa visita. 


Palácio dos Governadores

A visita no museu do Círio não demorou mais do que 20 minutos, queríamos ganhar mais tempo pois, queríamos visitar o Ver-o-Peso somente no horário do almoço e ainda não estávamos com fome, com a experiência que nos temos, perguntamos ao funcionário do museu se tinha mais alguma coisa para conhecer na proximidade, ai ele nos indicou o Palácio dos Governadores que fica do outro lado da praça que fica na frente do museu.


Em menos de dois minutos chegamos ao Palácio, a entrada é franca e não tem guia, conhecemos as diversas salas que o prédio tem.


O Palácio dos Governadores teve sua construção concluída em 1772 quando os estados do Amazonas, Pará e Maranhão eram um único estado chamado Grão‐Pará e Maranhão. 



Foi o maior edifício com estas funções construído pelos portugueses em território brasileiro na época, o projeto é da autoria de António José Landi, arquiteto bolonhês.



A principal atração do prédio fica em uma sala climatizada no segundo piso, trata-se de uma pintura chamada "A Conquista do Amazonas" de Antonio Parreiras.

Antonio Parreiras (Niterói RJ 1860 – idem 1937), pintor, desenhista e ilustrador foi a Belém no ano de 1905, para realizar uma exposição, na qual teve várias de suas obras adquiridas pelas autoridades locais. Nesta exposição o governador do Pará, Augusto Montenegro fez uma encomenda que pudesse representar “o ato de Pero Teixeira tomando conta das terras da Amazônia para a coroa de Portugal”.

Antonio criou a obra chamada “A Conquista do Amazonas” com nove metros de comprimento e quatro de altura, foi exposto no Pará pela primeira vez em 15 de janeiro de 1908.


Mercado Ver-o-Peso

Terminada a visita ao Palácio do Governadores, seguimos para o Mercado Ver-o-Peso que fica bem próximo, coisa de uns três minutos de caminhada.


Chegamos ao mercado aproximadamente as 13:15 hs, o  Mercado Ver-o-Peso está localizado às margens da baía do Guajará e é considerada a maior feira ao ar livre da América Latina.


O Veropa como também é conhecido o mercado, possui uma imensa quantidade de coisas, e chega a ser incrível vivenciar aquela desorganização organizada,  é exatamente isso, apesar de ser uma contradição, é algo que faz sentido, para nós visitantes aquilo tudo parece uma bagunça, mas tudo no mercado funciona dentro de uma organização que somente quem trabalha la consegue entender. 


A princípio paramos nas barraquinhas onde vendem diversos tipos de produtos como sabonetes, perfumes e outros que trazem sorte, amor, dinheiro, afasta doença e etc, aproveitamos para comprar alguns para nós.


Seguimos o passeio pelo mercado, vendo diversos produtos, muitos desses também tem Manaus/AM (cidade onde moramos), mas alguns como a maniçoba são exclusivos do Pará.  


A maniçoba ou feijoada paraense como também é conhecida é feita a parti da preparação da folha da maniva que substitui o feijão. A maniva é moída e cozida por sete dias para perde o ácido cianídrico, um veneno que pode matar por intoxicação. Os índios foram os primeiros a domesticarem a mandioca e com a chegada dos portugueses, a maniva cozida pelos índios foi incrementada com pé de porco, linguiça, costelinha, lombinho etc., transformando-se na maniçoba atual.


Aproximadamente as 14:15 hs nos começamos a sentir fome e resolvemos fazer um almoço diferente e tipicamente paraense, comemos peixe com açaí acompanhado de um guaraná garoto. Apesar de muito diferente é muito gosto e os paraenses consomem muito. 


Continuamos o passeio pelo mercado onde se encontra produtos para a culinária paraense, artesanatos e até animais. 




Estação das Docas

Após conhecermos bem o mercado, seguimos para a Estação das Docas que fica localizada bem ao lado do Ver-o-Peso. A estação é dividia em três armazéns onde encontramos lojas de roupas um pequeno museu e muitos restaurantes.


·      Memorial do Porto

Inaugurado em 2000, o Memorial do Porto que se encontra no armazém 1, possui uma exposição permanente que conta através de peças náuticas, um pouco da historia da navegação paraense. 



O destaque da exposição é um escafandro, é incrível e assustador saber que as pessoas utilizavam aquilo para fazer mergulhos antigamente. 


·      Orla das Docas 

O memorial não é muito grande, após a visita formos das uma caminha da parte de fora da estação e aproveitamos para tirar algumas fotos. 


·      Sorveteria Cairu

Em seguida resolvemos visitar a sorveteria Cairu que nós indicaram bastante, a mesma é bastante conhecida por possuir sabores bastante regionais como, cupuaçu, castanha, murici e etc. 


·      Cervejaria Amazon Beer

Após um  breve descanso, fomos visitar um outro local bastante indicado, a cervejaria Amazon Beer que é conhecida por fazer cervejas com produtos regionais, apesar de não bebermos na alcoólico pedimos uma cerveja de açaí com bolinhos de pato no tucupi para experimentar.  


·      Por do Sol na Orla das Docas

Depois do lanche delicioso, formos para a orla das docas para ver o lindo por do sol de Belém



Depois desse espetáculo da natureza, voltamos a pé para o hotel, foram cerca de uns 20 minutos de caminha. 

21/12/14

Acordamos uma pouco mais tarde, pois estávamos cansados do dia anterior, tomamos café no hotel e fomos para a feira em frente ao mesmo.

Feira da Praça da Republica

A feira acontece todos os domingos a parti da 8:00 hs, e apesar de ter o nome de feira de artesanato, no local é possível encontrar roupas, alimentos, antiguidades e até videogames antigos.


As arvores da praça oferecem uma agradável sombra que ameniza um pouco o calor.


A feira acontece todos os domingos a parti da 8:00 hs, e apesar de ter o nome de feira de artesanato, no local é possível encontrar roupas, alimentos, antiguidades e até videogames antigos.



Teatro da Paz

O Teatro a Paz foi talvez a segunda frustração da viagem, logo após o passeio a praça fomos conhecer o teatro que fica no mesmo local, infelizmente o mesmo encontrava-se fechado para visita, pois iria ter um espetáculo a noite, a secretaria de cultura de Belém deveria rever essa situação, pois eu acredito que um espetáculo a noite não impeça a visitação durante o dia de turistas que vem de todo o Brasil para conhecer o famoso Teatro da Paz.  


Igreja de Nossa Senhora de Nazaré

Após a frustração seguimos a pé para a Igreja de Nossa de Nazaré, da Praça da Republica até a igreja são aproximadamente uns 15 minutos de caminhada lenta.


A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré foi erguida em 1852 no mesmo lugar em que foi achada a imagem da Santa pelo Caboclo Plácido, às margens do Igarapé Murucutu, que atualmente não existe mais. 


No Círio de Nazaré a imagem da Santa sai da Catedral Metropolitana de Belém e segue em procissão até a Basílica.


Mangal das Garças

Chegamos na igreja as 11:50 hs, ela fecha as 12:00 então ficamos pouco templo nela, fizemos uma oração e depois pegamos um táxi em direção ao mangal das garças que custou R$ 15,00.

O Mangal das Garças, está localizado às margens do Rio Guamá, em pleno centro histórico de Belém.

O local possui, alguns atrativos como o farol, o museu amazônico de navegação, Manja das Graças (um dos melhores restaurantes da capital), viveiro da aningas e a reserva José Marcio Ayres, para visitar esses locais pagasse uma pequena taxa.


A melhor atração sem duvidas é a torre de observação, um excelente local para tirar boas fotos. 


Também é possível caminha sobre uma palafita para observa o rio. 


O museu Amazônico da Navegação é pequeno, mas é ótimo para conhecer um pouco mais da navegação do Pará.




Para mim foi interessante ver que os barcos de Belém são semelhantes aos de Manaus/AM no entanto alguns possuem velas para aproveitar o vento. 


O que realmente deixa o parque legal, é o fato de você poder chegar peto de alguns animais que ficam soltos. 



Fomos para o restaurante Manjar das Graças, mas estava lotado e confesso que achei os preços muito alto, então resolvemos seguir para o Polo Joalheiro São José Liberto e almoçar la peto. 

Polo Joalheiro São José liberto


Chegamos ao local próximo das 14:00 hs, o Espaço São José Liberto era um antigo presidio que foi transformado em um polo joalheiro além de possuir o Museu de Gemas do Pará que é o único dos espaços do complexo turísticos que vocês para para conhecer. 


O Museu de Gemas tem um acervo com mais de quatro mil peças que engloba peças originais das cerâmica Marajoara e Tapajônica, as cinco salas guardam elementos como muiraquitãs milenares, aliais tanto na visita a Belém/PA quanto a visita a Santarém/PA ficou evidente que o muiraquitã era muito importantes nas antigas tribos indígenas do Pará.


Seguimos a visita e paramos no Jardim Liberdade para tirar algumas fotos e visitar a sala Memorial da Cela Cinzeiro, que é uma antiga cela de presidiários, no local tem alguns objetos como armas caseiras e maquinas artesanais de tatuagens confeccionada pelos detentos.  


No local existe muitas lojas de joias com algumas exposições. 


Outro lugar interessante é o Coliseu das Artes, um local bastante amplo e climatizado.


Para nossa surpresa existe no local um restaurante que vende diversos tipos de prato feito com preços acessíveis. 


Após o almoço, pegamos um táxi e voltamos para o hotel aproximadamente as 15:00 hs, pois nesse dia já tínhamos visitado todos os pontos turísticos que queríamos com exceção do Teatro da Paz.

Estação das Docas a noite

Após descansar, nós arrumamos e as 19:00 hs pegamos um táxi (R$ 10,00) para a Estação das Docas que a noite também é bastante movimentado. 

Chegando nas Docas, fomos direto para o restaurante de comida tipica paraense bastante indicado por varias pessoas chamado  "La em Casa".

Como queríamos experimentar varias coisas, pedimos um prato chamado Combinado Paraense que trás pequenas porções como pirarucu empanado, feijão a manteiguinha, farofa de pirarucu, camarão refogado, muçuá, pato no tucupi, maniçoba, suco de cupuaçu e de sobremesa sorvete de cupuaçu. 



Depois do jantar ficamos curtindo o vento na orla do rio, as 21:30 hs pegamos um táxi (R$ 10,00) de volta para o hotel, no dia seguinte fomos para Salinas/PA.
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Ricardo Soares


Amazonense, 32 anos, apaixonado por esporte e aventuras, criou o blog em 2011 para divulgar as experiências de viagens de um casal pela região Amazônica.

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