segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Iranduba/AM 01/09/12

As melhores aventuras são aquelas em que não fazemos planejamento algum e acontecem de forma inesperada.

No dia 1/09/2012 recebi uma ligação do meu pai me convidando para ir a Praia do Açutuba em Iranduba/AM no dia seguinte, como estávamos de bobeira resolvermos aceitar o convite.

O município de Iranduba/AM fica localizado em frente a cidade de Manaus/AM no lado direito do rio negro, atualmente o município é bastante frequentado nos finais de semana pelos moradores de Manaus/AM que buscam um lazer que tenha mais contato com a natureza.

A mais de 10 anos a minha família já conhece a Praia do Açutuba. Há anos atrás o ramal de acesso não era nem asfaltando e ainda tínhamos que enfrentar a fila de espera da balsa que atravessava os carros.

Por já conhecer bem a praia, resolvemos aproveitar o passeio e explorar um pouco mais a região, pois eu já havia feito varias pesquisas de lugares para conhecemos nessa rota.

02/09/2012

Ponte do Rio Negro

Partimos de Manaus/AM as 8:00 hs, agora com a Ponte do Rio Negro tudo é mais fácil e chegamos ficar muitos felizes só de pensar que não teremos que enfrentar uma fila de carros esperando a balsa na volta para Manaus/AM (já chegamos a esperar até 5 h).

A Ponte do Rio Negro em si já é uma grande atração, pois nos proporciona uma bela paisagem do rio negro.




Restaurante Palhetas

Saímos da ponte e entramos na estrada Manuel Urbanos AM-070, na estrada existem vários restaurantes que oferecem café da manhã, escolhemos ir ao Restaurante Palhetas que fica na estrada Carlos Braga que liga a AM-070 ao município de Iranduba. Não é difícil de achar o local, quando avistarem uma chaminé com palavras escritas “Rodovia Municipal Carlos Braga” ascendam o pisca alerta do carro para a direita e peguem o retorno, não façam o retono completo e peguem a estrada que fica atrás da chaminé de boas vindas.

Acredito que a chaminé fica no km 19, pois apesar de a ponte ter sido inaugurada a quase um ano a estrada ainda não possui sinalização de quilometragem da pista.  Aqui estacionamos o carro para tirarmos fotos e podermos colocar informações mais claras da localização.


Por essa estrada chega-se a sede do município de Iranduba, não aconselho a irem até cidade, pois a mesma não oferece atrativo algum. Só pegamos essa estrada para tomar um café da manhã regional nesse restaurante que fica a aproximadamente 5 km desde a chaminé. O local é bem agradável e com preços bem acessíveis.


Ruínas de Paricatuba

Após o café da manhã, voltamos para a estrada AM-070, e seguimos viagem até o km 22 para pegarmos um ramal até a comunidade de Paricatuba. O ramal fica a direita de quem está indo em direção a Manacapuru/AM e não é difícil de encontrar, mas precisa ter atenção, na estrada existe uma placa sinalizando.


Até a comunidade são 10 km de percurso em estrada de terra, apesar de o ramal estar razoavelmente bom acredito que em dias de chuvas ele se torne um percurso difícil, chega até a ser vergonho ver que esse ramal ainda não foi asfaltando tendo em vista que a ponte já esta pronta a quase 1 ano e que esta prometia desenvolvimento para as comunidade de Iranduba e outras cidades.


Após aproximadamente uns 20 minutos chegamos a comunidade, as ruínas são bem fácies de encontrar, pois as mesmas encontrasse dentro da comunidade.



O prédio começou a ser construído em 1898 do outro lado do rio negro para servir de hospedaria para imigrantes italianos que vinham a Manaus em busca de oportunidades de trabalho. Porém, devido a distancia da cidade, a hospedaria logo começou a não ter muita utilidade, pois Manaus crescia muito e começa a ter uma certa infra estrutura para poder abrigar os imigrantes na própria cidade.

Por anos a hospedaria passou por outras atividades que não vingaram, somente em 1924 voltou a ser ativada tendo os imigrantes novamente como causa raiz da ativação, porém o objetivo da hospedaria não era abrigar simples hospedes, e sim pessoas infectadas com a lepra que se espalhava por Manaus/AM devido ao grande numero de imigrantes que trouxeram a doença.

Logo as autoridades buscavam uma alternativa para manter bem longe os leprosos da burguesia, e viram Paricatuba como uma solução.

O leprosário funcionou até o ano de 1962 até que foi desativado e os pacientes foram transferidos para a Colônia Antonio Aleixo em Manaus/AM.

O prédio que foi construído com paredes internas revestidas com azulejos, assoalhos de pinho, janelas em estilo colonial e calhas de cobre, atualmente mais parece o cenário de uma cidade fantasma de um filme de terror. O local tem grande potencial turístico, imaginem o prédio todo restaurando servindo como um museu que contaria todas essas historias, com fotos, maquetes, documentos e objetos da época e que geraria renda para a comunidade. Infelizmente as ruínas de Paricatuba são mais descaso de nossas autoridades com nossos patrimônios públicos.






Seguimos andando a pé pela vila para ver se conseguíamos ver a Praia de Paricatuba, infelizmente a praia ainda estava cheia, porém acima da escadaria que leva a praia existe um mirante natural com uma excelente paisagem do rio negro.



Cachoeira do Castanho

Voltamos para o ramal e fizemos os 10 km de volta até chegarmos na AM-070. Na AM-070 seguimos até o km 24, e pegamos outro ramal que também não estava asfaltado. Esse ramal também não é difícil de encontrar, se localiza do lado direito para quem vai em direção a Manacapu/AM e também possui sinalização com o nome da cachoeira. Para chegarmos a cachoeira devemos percorrer 8 km, então vou dar a dica mais importante desse post.

A cachoeira do Castanho só aparece no período da segunda quinzena de setembro até o  final de novembro, ou seja ela só aparece no auge da seca do rio negro. Como fomos no dia 01/09/2012 infelizmente não tinha cachoeira alguma e voltamos um pouco frustrados.

Fizemos o percurso de 8 km de volta até a AM-070.

Praia do Açutuba

Seguimos na AM-070 até o km 28 e pegamos outro ramal que também é sinalizado com placa informando o nome da praia, esse ramal é o extremo oposto dos anteriores, pois é totalmente asfaltado.

O percurso é de 11 km e a praia fica no final do ramal, no local onde ficamos existiam alguns restaurantes e a praia não estava lotada, segue abaixo algumas fotos da praia.



O local também é ideal para acampar.


Tivemos que voltar para Manaus por volta das 16:30 hs, pretendíamos ficar na praia até as 18:00 hs para poder vermos o por do sol, infelizmente formou-se um temporal e tivemos que voltar mais cedo.

Espero que tenham gostado das dicas e logo, logo voltaremos a Cachoeira do Castanho para tirarmos algumas fotos e postalas na nossa pagina no facebook e aqui no blog.   

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Um comentário :

  1. Oi Ricardo,

    Estou em Manaus com um packraft e ficarei na regiao por 2 meses explorando a area. Procuro parceiros de aventuras. Se estiveres interessado podes me achar no facebook. Abraco, Andre Philippi.

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Ricardo Soares


Amazonense, 32 anos, apaixonado por esporte e aventuras, criou o blog em 2011 para divulgar as experiências de viagens de um casal pela região Amazônica.

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